Conforme fomos dando conhecimento, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e Entidades com Fins Públicos foi chamado, no âmbito do processo de negociação do Orçamento do Estado, a reunir três vezes com o Governo:
- Na primeira reunião, que teve lugar no dia 9 de dezembro, o Governo não apresentou qualquer valor paras as atualizações remuneratória e o STE recordou o que em tempo havia proposto: 3%.;
- Na segunda, no dia 11 de dezembro, o Governo apresentou a sua proposta: o aumento salarial para 2020 seria de 0,3%. O STE apresentou a sua veemente discórdia com o valor apresentado;
- Na terceira e última, no dia 13 de dezembro, o Governo manteve-se intransigente quanto ao valor apresentado desconsiderando a proposta realista do STE e toda a argumentação responsável por nós trazida.
Mesmo após este “falso processo negocial”, o STE nunca rompeu o diálogo.
Cumpridas estas etapas sem que se tenha conseguido alcançar satisfatoriamente as legítimas aspirações dos trabalhadores em sede de negociação, o STE considera que é inaceitável, na atual conjuntura favorável de controlo orçamental e de recuperação económica, que mais uma vez o Governo possa, mas não queira e não tenha considerado as nossas propostas prioritárias para os funcionários públicos. Ao invés de promover a recuperação de poder de compra perdido nos últimos anos e de assegurar as condições de dignidade dos servidores do Estado, culmina de forma emblemática com o aumento vexatório de 0,3% para os vencimentos na função pública!
Neste enquadramento e restando aos trabalhadores a derradeira forma democrática de luta, faremos valer os nossos direitos e aspirações legítimas, decretando, em convergência com as restantes organizações sindicais, a Greve Nacional para o próximo dia 31 de janeiro.
Manteremos a nossa disponibilidade para um verdadeiro e honesto diálogo com o Governo durante o período do Aviso Prévio de Greve se a reposição do que é devido aos trabalhadores e a sua dignificação for também o seu propósito.
A consciência da justeza da forma de luta deve motivar-nos para uma mobilização massiva.
A Direção